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segunda-feira, 6 de junho de 2011

QUASE TROPECEI

“Quase tropecei
Abaixo de meus olhos
e ao lado
de meus pensamentos corridos”
“Afinal, quem são os civilizados e quem são os bárbaros?”
“Quase tropecei”. Quantas vezes andamos pelas ruas de nossa vida sem ter o olhar para o outro. Subimos escadas, entramos em elevadores, abrimos portas, fechamos janelas, nos conectamos, mas não nos vemos.  Fechamo-nos nesse pequeno mundo de nossa bem pequena existência. “Abaixo dos meus olhos e ao lado”, todos os dias, se procurarmos veremos as mãos, olhares, sonhos inacabados. Enquanto isso nossos olhos estão além da nossa alma, estão projetados para um infinito que mais parece um ponto projetado em uma tela com uma perspectiva limitada por essa nossa civilidade. “Meus pensamentos corridos” não nos permitem parar para refletir, algo que há muito não ousamos, algo que, com a velocidade das informações de nossa vida frenética, ocorre em poucos momentos,  como ao ler uma linda poesia ou um belo texto como estes acima.  ”Afinal , quem são os civilizados e quem  são os bárbaros?” Que civilidade essa que nos corrói a humanidade? Que civilidade essa que nos faz cegos ao outro?
Nelson Marques

3 comentários:

  1. Nelson,

    pensadores que somos sobre esse mundo em ascensão, não seremos, de fato, felizes enquanto houver o jugo do homem pelo homem. Enquanto o preconceito saltar de nosso íntimo antes da nossa razão e da nossa compaixão.

    O mundo é o que fazemos dele! Precisamos fazer o melhor de nós e seguir em frente!

    Grande abraço amigo!

    P.S. Apareça lá no Centro pra matar a saudade. Sentimos falta de suas palavras!!!

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  2. Nelson,

    Obrigada pela referência ao meu poema. Realmente é um tema que sugere diversos questionamentos.
    Gostei da sua análise correlacionando os dois textos.
    Parabéns!

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  3. Beijos meus amigos poetas!
    Vocês são uma inspiração para mim!

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