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segunda-feira, 23 de maio de 2011

A bailarina do elevador

Hoje, ao levar a minha pequena bailarina para sua aula, lembrei dessa poesia que fiz há muito tempo atrás, quando entrei no elevador do prédio com uma vizinha bailarina...
Quero dividir essa lembrança com vocês.

A bailarina do elevador

A bailarina do elevador.
A cada andar aumenta a dor
De saber que ela vai saltar.
Não tão livre como  um cisne
Nem tão belo como uma bailarina
Mas tão triste como “do elevador”.

A bailarina salta
Como se pisasse nos corações
Como se abraçasse as canções
Como se beijasse a tensão
No exato momento da falta.

A bailarina gira
Como o poeta nos seus versos
Quisesse resumir o universo
A um ponto tão certo
Quanto a ponta de sua sapatilha

A bailarina salta e gira no meu pensamento
A bailarina sobe no elevador
A bailarina sobe, o elevador gira
E o meu pensamento salta.

   Nelson Marques

4 comentários:

  1. Genial, Nelson!

    Parabéns por suas bailarinas, poesia e filha!

    Abraço!

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  2. Pablo,

    Fiquei imaginando as roldanas do elevador seguindo os passos de sua bailarina...
    Parabéns pelo belo poema!

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