Manguinhos
EU não nasci em Itabira
Eu nasci em Manguinhos
Da bola de gude
Do Pique-Bandeira
Do Polícia-e-Ladrão
Da Pipa, há a pipa...
E do futebol
Em Manguinhos comecei a sonhar
Sonhos que abandonei
Sonhos que hoje sou
Sonhos que ainda tento ser
Sonhos que sonharei
Em Manguinhos a morte se fazia presente
Jamais tão presente em minha vida
Presente nos becos
Presente nas calçadas
Presente no dia-a-dia
Presente nos tenros amigos
Em Manguinhos aprendi a amar desse jeito
Meio de lado
De brincadeira
Envergonhado
Indecifrado
Meio Itabira.
Nelson Marques de Manguinhos
Nelson de Manguinhos,
ResponderExcluirQue belo exemplo de vida e de perseverança.
Gostei muito do poema!
No decorrer da leitura parecia um pouco letra de uma música intensa e emocionante.
Parabéns "meio Itabira" pra você!!!
bjs!
Obrigado Eliana,
ResponderExcluirQue bom que voce gostou!
Nele eu tentei colocar um pouco do muito que foi a minha infancia em Manguinhos. Essa minha infancia é grande parte do que sou hoje.
bjs
Grande Nelson!
ResponderExcluirObrigado pelas palavras lá no "do Chico".
Suas palavras são as minhas também, visto que a minha infância se passou igualmente numa comunidade pobre. De modo, que esse texto me é muito familiar.
Porém, acredito que a poesia salva aqueles mais sensíveis que a utilizam para sobreviverem. Você é um pensador. Um homem do mundo. Seu Manguinhos, poucos conhecem. É original e não sai nas manchetes!
Bela poesia!
Valeu Assis!
ResponderExcluirNunca esqueçamos daquela criança cheia de sonhos que fomos e do lugar onde vivemos.
abs
Nelson